sexta-feira, 25 de março de 2011

Paraíso?

Desde pequenos, somos acostumados
a acreditar no Paraiso.
Naquele lugar perfeito, para onde todos
deveremos ir, se formos bons nesta vida.
Para valorizar o Paraíso, criaram o
Inferno e Purgatório.
Para o Inferno, irão todas as pessoas ruins.
Para o Purgatório, irão as que não foram boas
o suficiente para ir sem escalas para o Paraíso
e nem tão ruins para irem arder no Inferno.
Eternamente...
Ah! o Inferno...um buraco quente, cheio
de fogo, lava e cheiro de enxôfre...
O Purgatório ninguém conta como é.
Deve ser um mormaço cinzento. Enjoativo.
E o Paraíso? Bem o Paraíso deve ser no Céu,
com os anjinhos sem sexo, no meio das nuvens brancas,
na imensidão do céu azul de brigadeiro, ao som de harpas.
Deve ser meio chato, depois de meia hora.
Imaginem eternamente...
De uma forma ou de outra, todas as religiões pregam
alguma esperança de vida após a morte, 
num lugar melhor, bem melhor do que este em que vivemos e ao qual tanto nos apegamos.
Ninguém quer morrer, mesmo que exista o Céu.
Todos temos o direito de acreditar no que quisermos.
Mas, convenhamos, é tudo muito conveniente e humano,
nas explicações sobre a vida após a morte.
Muitos acreditam que vão voltar à Terra, reencarnados.
Outros, que vão viver na eternidade com o anjos e
com as pessoas queridas que não foram para o Inferno.
Todas as religiões e crendices criam o mito da vida
após a inevitável morte.
E parece que quase todos os humanos tem uma necessidade absoluta de acreditar em alguma forma
de Paraíso, de Céu e de Inferno.
Precisamos de recompensas após a morte para
ser pessoas de bem. Ou precisamos da punição eterna?
Não consigo acreditar que qualquer deus trate desta
forma as suas crianças, que no máximo vivem uma
vida curtíssima neste planeta.
Não sei, sinceramente, o que acontece depois da morte.
Só sei que devo procurar ser o melhor que posso enquanto estiver vivo.
Se reencarnarei em outra vida, ou acordarei no Paraíso, esse é um problema pra eu resolver depois.
Agora, o importante é viver a vida, em paz e bem.


JJ

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