domingo, 16 de outubro de 2011

Chove, na minha vida.

Um Contrato com Deus - Will Eisner


Chove, na minha vida,
Ainda bem que chove, querida.
Pois se não mais chovesse,
talvez nenhuma flor mais florescesse.


JJ
....

Os Velhos.


Dizem que velhos são os trapos, mas a verdade é que todos havemos de o ser, chamando-lhe desta forma ou de outra.
Durante anos a velhice, nas mais variadas culturas, foi reverenciada como símbolo do conhecimento. No entanto os tempos mudaram. Já não recorremos aos mais vividos para obter respostas às nossas mais variadas questões, simplesmente vamos ao Google e com alguma pesquisa obtemos a resposta desejada.
E então qual a posição das pessoas da dita “terceira idade” na sociedade? Como estão a ser tratadas por nós? E mais, o que podemos fazer para melhorar o sistema?
Em primeiro lugar temos de ver o tema de uma perspectiva diferente.
Quando as pessoas da “segunda idade” determinam as leis, obtêm-se dois tipos de resposta. Favorecem os idosos, conseguindo assim um número de votantes mais elevado, até porque a média de idade da população está a aumentar e ajuda nos resultados eleitorais. Ou obtemos outra, desfavorecendo os idosos, visto que estes pouco podem fazer para mudar o sistema, exceptuando o voto, mas este factor é eliminado na primeira questão.
Os idosos sabem muito bem que, na verdade,  não são importantes para o governo, nem são respeitados por ele. “Essa perfumaria que o governo agora alardeia – uma parceria para tratar da importância do idoso – não passa de demagogia barata.”
O que os governos na verdade queriam, se fosse possível, era eliminar a população idosa. Dessa forma poupar-se-ia uns milhões de euros e resolver-se-ia outros tantos “problemas”. E são problemas porque os incentivos para os resolver são escassos ou inexistentes, tais como a criação de lares, melhoria da saúde, valorização social dos idosos e também o aumento do respeito pelos mesmos. Para se ter uma boa qualidade de vida em velho é preciso ter-se dinheiro! E bastante! Ao mesmo tempo as famílias têm de estar sempre a apoiar, o que na maioria dos casos não sucede, pelo contrário, ainda pioram a situação roubando reformas, casas, objectos e a vida daquela pessoa a quem tudo já pertenceu.
Lendo as obras de Jonathan Swift, escritor inglês do século XVII e autor de “As viagens de Gulliver”, lê-se numa parte da obra que ele descreve a solução fantástica que, os habitantes de uma ilha imaginária, descobriram para acabar com a pobreza: matar os pobres. É assim que queremos agir? Eliminar os pobres? Penso que não…
Precisamos integrar socialmente os idosos, e não podemos esperar que o governo faça milagres, cada um de nós é que tem de o fazer participando activamente. Temos de aprender a valorizar a terceira idade e saber a importância dos idosos para a sociedade!
 “Se o moço soubesse e o velho pudesse nada haveria que não se fizesse.” [Proverbio popular]


Fonte: khritike