Aquarela do Brasil
de Ary Barroso
Brasil, meu Brasil Brasileiro,
Meu mulato inzoneiro,
Vou cantar-te nos meus versos:
Meu mulato inzoneiro,
Vou cantar-te nos meus versos:
O Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar;
O Brasil do meu amor,
Terra de Nosso Senhor.
Brasil!… Brasil!… Prá mim!… Prá mim!…
Bamboleio, que faz gingar;
O Brasil do meu amor,
Terra de Nosso Senhor.
Brasil!… Brasil!… Prá mim!… Prá mim!…
Ô, abre a cortina do passado;
Tira a mãe preta do cerrado;
Bota o rei congo no congado.
Brasil!… Brasil!…
Tira a mãe preta do cerrado;
Bota o rei congo no congado.
Brasil!… Brasil!…
Deixa cantar de novo o trovador
À merencória à luz da lua
Toda canção do meu amor.
Quero ver essa Dona caminhando
Pelos salões, arrastando
O seu vestido rendado.
Brasil!… Brasil! Prá mim … Prá mim!…
À merencória à luz da lua
Toda canção do meu amor.
Quero ver essa Dona caminhando
Pelos salões, arrastando
O seu vestido rendado.
Brasil!… Brasil! Prá mim … Prá mim!…
Brasil, terra boa e gostosa
Da moreninha sestrosa
De olhar indiferente.
Da moreninha sestrosa
De olhar indiferente.
O Brasil, verde que dá
Para o mundo admirar.
O Brasil do meu amor,
Terra de Nosso Senhor.
Brasil!… Brasil! Prá mim … Prá mim!…
Para o mundo admirar.
O Brasil do meu amor,
Terra de Nosso Senhor.
Brasil!… Brasil! Prá mim … Prá mim!…
Esse coqueiro que dá coco,
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar.
Ô! Estas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar.
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar.
Ô! Estas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar.
Ô! Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro,
Terra de samba e pandeiro.
Brasil!… Brasil!
É o meu Brasil Brasileiro,
Terra de samba e pandeiro.
Brasil!… Brasil!
Na voz de Francisco Alves: