CURITIBA É A SEGUNDA CAPITAL COM MAIS DIABÉTICOS NO PAÍS
Dados inéditos divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Ministério da Saúde apontam que Curitiba é a segunda capital brasileira com maior percentual de pessoas com diabetes, atrás apenas de São Paulo. Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2012), 8,4% da população curitibana sofre com a doença, enquanto na capital paulista o índice é de 9,3%.
Os dados foram divulgados hoje por conta do dia 14 de novembro ser o Dia Mundial do Diabetes. A Vigitel 2012 dados nas 26 capitais e no Distrito Federal, ouvindo 45.448 pessoas.
Os dados do Ministério da Saúde apontam ainda que o número de casos no Brasil cresceram 40% entre 2006, primeiro ano do levantamento, e ano passado. O percentual de pessoas que se declararam diabéticas passou de 5,3% para 7,4% no período.
O avanço da diabetes está relacionado ao excesso de peso, à falta de exercícios físicos, à má alimentação e o envelhecimento da população. O Vigitel aponta que 75% do grupo de brasileiros convivendo com a diabetes estão acima do peso. Em 2012, pela primeira vez na história o número de pessoas com sobrepeso superou a metade da população, chegando a 51%.
“Os hábitos de vida dos brasileiros sofreram uma profunda mudança nos últimos anos, que estão provocando o aumento de doenças crônicas como o diabetes”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Expansão do diabetes
Pelo Vigitel 2012, o diabetes é mais comum em mulheres (8,1%) do que em homens (6,5%). O estudo revela também a educação é um fator importante de prevenção: 3,8% dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo declararam ser diabéticos, enquanto 12,1% dos que têm até oito anos de escolaridade dizem ter a doença.
Pelo Vigitel 2012, o diabetes é mais comum em mulheres (8,1%) do que em homens (6,5%). O estudo revela também a educação é um fator importante de prevenção: 3,8% dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo declararam ser diabéticos, enquanto 12,1% dos que têm até oito anos de escolaridade dizem ter a doença.
O crescimento ocorreu em todas as faixas etárias, porém na faixa de 35 a 44 anos o aumento foi mais significativo: 26,6% de 2006 a 2012. No ano passado, o percentual de pessoas nessa faixa etária, que declararam ter diabetes, foi de 3,9%, enquanto em 2006 o dado foi 2,9%. Outra faixa etária de destaque foi a de 65 anos e mais que passou de 19,2% para 22,9%, de 2006 a 2012, respectivamente.
Sobre a doença
A diabetes é uma doença crônica resultante do desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue. Isso ocorre quando o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou quando a insulina produzida pelo pâncreas não age adequadamente nas células devido a uma resistência do corpo à ação dela (diabetes tipo 2). Quando um destes problemas com a insulina ocorre, a glicose deixa de ser absorvida pelas células, o que provoca a elevação dos níveis de glicose no sangue.
A diabetes é uma doença crônica resultante do desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue. Isso ocorre quando o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou quando a insulina produzida pelo pâncreas não age adequadamente nas células devido a uma resistência do corpo à ação dela (diabetes tipo 2). Quando um destes problemas com a insulina ocorre, a glicose deixa de ser absorvida pelas células, o que provoca a elevação dos níveis de glicose no sangue.
A principal característica da diabetes é a hiperglicemia (elevação dos níveis de glicose no sangue), que pode se manifestar por sintomas como poliúria (excesso de urina), polidipsia (sede aumentada), perda de peso, polifagia (fome aumentada) e visão turva. Esses sinais e sintomas são mais evidentes no diabetes tipo 1. O diabetes tipo 2 em geral é mais “silencioso” e é mais comum na faixa etária dos adultos.
Capitais/DF
|
Total (%)
|
Masculino (%)
|
Feminino (%)
|
---|---|---|---|
Aracaju
|
6,0
|
5,1
|
6,8
|
Belém
|
5,5
|
3,9
|
6,8
|
Belo Horizonte
|
6,6
|
5,0
|
7,9
|
Boa Vista
|
5,5
|
5,3
|
5,7
|
Campo Grande
|
6,5
|
5,0
|
7,9
|
Cuiabá
|
6,9
|
6,2
|
7,5
|
Curitiba
|
8,4
|
8,4
|
8,4
|
Florianópolis
|
7,3
|
6,1
|
8,4
|
Fortaleza
|
6,7
|
7,4
|
6,1
|
Goiânia
|
5,4
|
5,0
|
5,8
|
João Pessoa
|
5,9
|
5,4
|
6,4
|
Macapá
|
4,9
|
3,4
|
6,3
|
Maceió
|
7,3
|
6,1
|
8,3
|
Manaus
|
4,9
|
4,6
|
5,1
|
Natal
|
8,0
|
6,7
|
9,0
|
Palmas
|
4,3
|
3,1
|
5,5
|
Porto Alegre
|
8,0
|
7,3
|
8,7
|
Porto Velho
|
5,0
|
4,4
|
5,7
|
Recife
|
7,7
|
7,2
|
8,1
|
Rio Branco
|
6,0
|
5,6
|
6,4
|
Rio de Janeiro
|
7,8
|
7,1
|
8,4
|
Salvador
|
6,0
|
5,6
|
6,3
|
São Luís
|
5,5
|
5,4
|
5,7
|
São Paulo
|
9,3
|
7,7
|
10,6
|
Teresina
|
5,1
|
5,7
|
4,6
|
Vitória
|
7,4
|
6,3
|
8,2
|
Distrito Federal
|
6,6
|
5,2
|
7,9
|
Fonte: Bem Paraná