quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Dia da Diabetes e Curitiba




CURITIBA É A SEGUNDA CAPITAL COM MAIS DIABÉTICOS NO PAÍS

Dados inéditos divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Ministério da Saúde apontam que Curitiba é a segunda capital brasileira com maior percentual de pessoas com diabetes, atrás apenas de São Paulo. Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2012), 8,4% da população curitibana sofre com a doença, enquanto na capital paulista o índice é de 9,3%.
Os dados foram divulgados hoje por conta do dia 14 de novembro ser o Dia Mundial do Diabetes. A Vigitel 2012 dados nas 26 capitais e no Distrito Federal, ouvindo 45.448 pessoas.
Os dados do Ministério da Saúde apontam ainda que o número de casos no Brasil cresceram 40% entre 2006, primeiro ano do levantamento, e ano passado. O percentual de pessoas que se declararam diabéticas passou de 5,3% para 7,4% no período.
O avanço da diabetes está relacionado ao excesso de peso, à falta de exercícios físicos, à má alimentação e o envelhecimento da população. O Vigitel aponta que 75% do grupo de brasileiros convivendo com a diabetes estão acima do peso. Em 2012, pela primeira vez na história o número de pessoas com sobrepeso superou a metade da população, chegando a 51%.
“Os hábitos de vida dos brasileiros sofreram uma profunda mudança nos últimos anos, que estão provocando o aumento de doenças crônicas como o diabetes”, afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Expansão do diabetes

Pelo Vigitel 2012, o diabetes é mais comum em mulheres (8,1%) do que em homens (6,5%). O estudo revela também a educação é um fator importante de prevenção: 3,8% dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo declararam ser diabéticos, enquanto 12,1% dos que têm até oito anos de escolaridade dizem ter a doença.
O crescimento ocorreu em todas as faixas etárias, porém na faixa de 35 a 44 anos o aumento foi mais significativo: 26,6% de 2006 a 2012. No ano passado, o percentual de pessoas nessa faixa etária, que declararam ter diabetes, foi de 3,9%, enquanto em 2006 o dado foi 2,9%. Outra faixa etária de destaque foi a de 65 anos e mais que passou de 19,2% para 22,9%, de 2006 a 2012, respectivamente.
Sobre a doença

A diabetes é uma doença crônica resultante do desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue. Isso ocorre quando o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente (diabetes tipo 1) ou quando a insulina produzida pelo pâncreas não age adequadamente nas células devido a uma resistência do corpo à ação dela (diabetes tipo 2). Quando um destes problemas com a insulina ocorre, a glicose deixa de ser absorvida pelas células, o que provoca a elevação dos níveis de glicose no sangue.
A principal característica da diabetes é a hiperglicemia (elevação dos níveis de glicose no sangue), que pode se manifestar por sintomas como poliúria (excesso de urina), polidipsia (sede aumentada), perda de peso, polifagia (fome aumentada) e visão turva. Esses sinais e sintomas são mais evidentes no diabetes tipo 1. O diabetes tipo 2 em geral é mais “silencioso” e é mais comum na faixa etária dos adultos.
Capitais/DF
Total (%)
Masculino (%)
Feminino (%)
Aracaju
6,0
5,1
6,8
Belém
5,5
3,9
6,8
Belo Horizonte
6,6
5,0
7,9
Boa Vista
5,5
5,3
5,7
Campo Grande
6,5
5,0
7,9
Cuiabá
6,9
6,2
7,5
Curitiba
8,4
8,4
8,4
Florianópolis
7,3
6,1
8,4
Fortaleza
6,7
7,4
6,1
Goiânia
5,4
5,0
5,8
João Pessoa
5,9
5,4
6,4
Macapá
4,9
3,4
6,3
Maceió
7,3
6,1
8,3
Manaus
4,9
4,6
5,1
Natal
8,0
6,7
9,0
Palmas
4,3
3,1
5,5
Porto Alegre
8,0
7,3
8,7
Porto Velho
5,0
4,4
5,7
Recife
7,7
7,2
8,1
Rio Branco
6,0
5,6
6,4
Rio de Janeiro
7,8
7,1
8,4
Salvador
6,0
5,6
6,3
São Luís
5,5
5,4
5,7
São Paulo
9,3
7,7
10,6
Teresina
5,1
5,7
4,6
Vitória
7,4
6,3
8,2
Distrito Federal
6,6
5,2
7,9

Fonte: Bem Paraná

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