terça-feira, 14 de junho de 2011

Amanhã.

O amanhã só pertence a ele e a mais nenhum tempo. De nada adianta querer antecipá-lo, só te trará a frustração de correr atrás do que não podes alcançar.

O amanhã está no futuro que nem sabes se virá. E se vier como será? Tu sabes? Nem tu nem ninguém, por mais sábio e conhecedor dos mistérios do mundo.
Viver no amanhã é perder o hoje que jamais voltará, quando passar já foi. Nada será igual, se não viveres cada minuto que a ti pertence do teu hoje, estarás jogando tão valiosa e única oportunidade pela janela do desperdício do não vivido e só te restará lamentar.

Estar com as expectativas presas no amanhã é o esperar para viver depois, um depois que jamais se tornará em agora, enquanto o hoje urge de ti, clama pelo teu viver para que não deixes perder a energia nos devaneios do incerto amanhã.
O amanhã é duvidoso, mas sedutor. Tem os predicativos clamorosos do desconhecido que encanta, porém não se revela levando suas presas a frustração da eterna espera.

Se não viveres o teu presente, amarrado no futuro sempre estará em busca das respostas as perguntas que não tiveste coragem de fazer. E como ter sanadas as questões que não foram formuladas?
O amanhã te protege do risco de viver. Mas também te priva das emoções inerentes do hoje. Anestesiado ficará imune a tudo que poderias ter, tanto de bom como de ruim, se no indefinido dia seguinte quiseres ficar.




Texto de Bia Tannuri.