Denominamo-nos uma geração tão cool, pessoas inteligíveis, inteligentes, de bom gosto, livres…fazemos o que queremos, depois de uma certa idade e solteiros (as), então…o mundo nos pertence e o céu é o mínimo do limite. “Ai, se eu te pego”!!!
O vazio, a solidão, a ausência de comprometimento e o medo são meros detalhes, que se escondem debaixo do tapete, como poeira que se acumula, mas que não se vê. Não pelo menos por enquanto…
Tanta liberdade, tanta falsa sensação dela…nem ao menos podemos ser nós mesmos…
“Não ligue, não demonstre, não fraqueje, não chore, não se importe, não corra atrás, não crie expectativa, não sinta, não diga, não pense…não, não e NÃO!!! Tá, então não viva logo de uma vez”!!!
Mas, se ainda fosse “só” isso…
E a disputa pelo “prêmio” de intelectual master do milênio???
Ideias prontas, frases feitas, uma constante incoerência entre o dizer e o sentir, entre a teoria e a prática…comportamentos abissalmente incongruentes e vazios!
Uma pitada de Big Brother, uma porção de Michel Teló e uma salpicada de Galvão Bueno. Um mix de mau gosto, de alienação, um verdadeiro show de horrores! Um intelecto desestruturado, a falta de opinião própria, o poder opinar sobre tudo, e efetivamente, não saber de nada… vintage é curtir e compartilhar lixo…é trollar aqueles que de alguma forma (honesta) conseguem chegar a algum lugar (melhor que o seu) e idolatrar a Lady Gaga.
In é ser hipócrita, é ser um loser completo, um frustrado que se preocupa mais com a frase de efeito que vai postar no Face ou no Twitter, a viver essa frase de verdade…a fazer sentido, no sentido mais literal que se possa.
O mundo está ao contrário e ninguém reparou…
O sentir caiu de moda, amar não é verbo que se conjugue em voz alta, consideração é démodé, respeito é artigo de luxo.
A cada dia, pessoas tentam minar o propósito que carregamos de valores dignos, da sinceridade, da crença…
“Isso pode, Arnaldo”???!!!
Se pode, eu não sei, mas o fato é o que é…e o que fica muitas vezes, é a sensação de que a frivolidade é uma PG, e que muito pouco pode-se fazer a respeito.
Ainda assim, porém, o meu lado mais que otimista da vida me obriga a terminar esse texto dizendo que: a cada dia, novas oportunidades nos são dadas…a cada amanhecer, um novo dia. Novinho em folha, pra fazer diferente, pra fazer diferença.
É nisso que eu verdadeiramente aposto e acredito: de nada vale um coração vazio…
AMAR, aprender, reaprender, diversificar, intensificar, alterar os passos, rever prioridades, transformar pensamentos, ajustar o foco, traçar objetivos, inverter a ordem das coisas, bagunçar, organizar, reorganizar…SE reinventar…
Desalienar, dEsAlIeNaR & DE-SA-LI-E-NAR!!! #fato (rs)!
Por Fernanda Tenfen, minha aluna de Publicidade, ótima redatora.
