segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Meu filho, você não merece nada.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.
Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.
Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.
Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.
É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?
Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.
Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.
Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.
A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.
Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.
Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.
Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.
Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.
O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.
Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.
Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.
Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.
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Por Eliane Brum, em Época online.
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Brilhante artigo.
JJ

domingo, 30 de outubro de 2011

Leminski.




Tudo dito,

nada feito,


fito e deito.





Paulo Leminski

Por favor, copie e distribua boa educação.



Sou da geração do ‘Por favor’,'Bom Dia’,'Boa Tarde’,
‘Com licença’, ‘Até logo’,'Obrigado’, do respeito aos
pais e idosos, de pedir permissão, de saudar com sorriso,
de amar as pessoas pelo que elas são e não pelo que me
dão ou têm para me dar. Fui ensinado a tratar as pessoas
com educação, carinho, lealdade e honestidade.
Se você for dessa geração e gosta de como foi
criado, copie e distribua como puder, por favor.
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JJ


Copiado do amigo Jefferson, no Facebook.

sábado, 29 de outubro de 2011

Frustradas.

Pessoas frustradas transferem suas frustrações para todos.


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Vai demorar?

to com fome cara, isso demora?

Oração perfeita.





Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor.
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado; e é morrendo, que se vive para a vida eterna!


São Francisco de Assis

Faça seu sonho acontecer.


Até o momento em que uma pessoa assume um compromisso existem dúvidas. Pode-se voltar atrás. E isto não é bom, quando tratamos de atos de iniciativa e criação. Existe uma verdade básica nisso, cujo conhecimento já matou milhares de idéias e planos espetaculares: é a constatação de que, no momento em que uma pessoa assume um compromisso definitivo com seus sonhos, a providência começa a funcionar a seu favor. E as coisas começam a acontecer para ajudá-la. Mas nada acontece antes que a pessoa se projete para a ação.
Seja o que for que você sonhe fazer: Faça! A coragem de começar tem gênio, poder e magia. Comece agora!


Goethe
Filósofo alemão
Citações do Eloi Zanetti, no Face.
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Sonho não realizado não existe.
Some.
Desaparece.
Você provavelmente nunca mais vai se lembrar dele.
Faça acontecer.
Realize seus sonhos.
Viver só de sonhos não adianta nada.
Assuma compromissos com os seus sonhos...em realizar cada um deles.
Hoje, por exemplo, estou realizando o sonho de chegar na África, fotografar leões.
Nada é impossível, quando se quer fazer acontecer.
JJ

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Nova doença misteriosa.

SEFOIA: Enfermidade ainda não aceita pela classe médica.
Entretanto, milhões de pessoas em todo mundo padecem deste mal e esperam a aprovação da Organização Mundial de Saúde para que se estude e se encontre a cura para esta mortal enfermidade que, cada dia, é adquirida por milhares de pessoas.
Se você tiver 3 ou mais sintomas indicados abaixo é sinal de alerta vermelho!
Sintomas que definem o aparecimento desta patologia:
1. – Se um café te provoca insônia.
2.- Se uma cerveja te leva direto ao banheiro.
3.- Se tudo te parece muito caro.
4.- Se qualquer coisa te altera.
5.- Se todo pequeno excesso alimentar te provoca aumento de peso.
6.- Se a feijoada “cai” como chumbo no estômago.
7.- Se o sal sobe a tua pressão arterial.
8.- Se em uma festa pedes a mesa mais distante possível da música e das pessoas.
9.- Se o amarrar os sapatos te produz dor nos quadris.
10.- Se a TV te provoca sono.
Todos esses sintomas são prova irrefutável que padeces de Sefoia
SE-FOI-A juventude!

Basta!!!


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Oração.

HÁ PENSAMENTOS QUE SÂO ORAÇÕES. 

HÁ MOMENTOS NOS QUAIS, SEJA QUAL 

FOR A POSIÇÃO DO CORPO, 

A ALMA ESTÁ DE JOELHO! 




VICTOR HUGO

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pensamento de Ford.

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"Unir-se é um bom começo,

 manter a união é um progresso...

e trabalhar em conjunto é a vitória." 

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Henry Ford


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sábado, 22 de outubro de 2011

Egoísmo


O cálculo do amor.



"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: 


pensava que, somando as compreensões, eu amava. 


Não sabia que, somando as incompreensões 


é que se ama verdadeiramente." 






Clarice Lispector




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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Derrames - Como reconhecer um a tempo.

Assim como o enfarto, o derrame precisa ser socorrido com urgência.
Porém, diferente do enfarto, o derrame  sinais que a maioria das pessoas não conhece e, por causa disso, em muitos casos mata ou deixa seqüelas graves; consequências que num socorro imediato, poderiam ser evitadas.
Sinais dados pelo processo de AVC  já são divulgados.

Os Derrames Cerebrais - Agora existe um  indicador : A língua 
Description: 62BB854F15704CF0826BF14810C9F7AB@pchome


Derrame:
 memorize as três primeiras letras...S.T.R.
 leva um instante ler isto...
Disse um neurologista que se levarem 
uma vítima de derrame dentro das 
primeiras três horas, ele pode reverter 
os efeitos do derrame -totalmente. 
Ele disse que o segredo é reconhecer o 
derrame, diagnosticá-lo e receber o 
tratamento médico correspondente, 
dentro das três horas seguintes, o 
que é difícil. 

RECONHECENDO UM DERRAME
Muitas vezes, os sintomas de um derrame 
são difíceis de identificar. Infelizmente, 
nossa falta de atenção,torna-se desastrosa. 
A vítima do derrame pode sofrer severa 
consequência cerebral quando as pessoas 
que o presenciaram falham em reconhecer 
os sintomas de um derrame. 

Agora, os médicos dizem que uma 
testemunha qualquer pode reconhecer 
um derrame fazendo à vítima estas três 
simples preguntas: 


S
* (Smile) Peça-lhe que SORRIA. 

T
* (Talk) Peça-lhe que FALE ou 
APENAS DIGA UMA 
FRASE SIMPLES. (com 
coerência)
(ex : Hoje o dia está ensolarado)
 

R
* (Rise your arms) Peça-lhe que levante AMBOS OS BRAÇOS. 

Se ele ou ela têm algum problema em 
realizar QUALQUER destas tarefas, chame 
a emergência imediatamente e 
descreva-lhe os sintomas,ou vão rápido 
à clínica ou hospital.


Novo Sinal de derrame - 
Ponha a língua fora. 


NOTA: Outro sinal de derrame é este:
Peça à pessoa que ponha a língua para fora..
Se a língua estiver torcida e sair por um 
lado ou por outro, é também sinal de 
derrame.

Onde está a alegria?

...


A alegria não está nas coisas, está em nós.




                          Johann Goethe




                                   ...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fazer compras faz bem à saude.

Uma pesquisa indicou que fazer compras pode fazer bem para a saúde, pelo menos para os mais velhos.
O estudo, conduzido por cientistas taiwaneses, analisou 1,8 mil homens e mulheres com idade acima de 65 anos que moravam por conta própria.
Mesmo levando em conta fatores como mobilidade física e capacidade cognitiva, a pesquisa indicou que os indivíduos que saem às compras diariamente têm longevidade maior que aqueles que não adotam o hábito com a mesma frequência.
Na avaliação da equipe, que publicou o seu estudo na versão online da revista acadêmica Journal of Epidemiology & Community Health, a "terapia das compras" representa uma oportunidade de se exercitar, manter uma dieta saudável e uma vida social ativa.
A pesquisa cruzou os dados de um levantamento feito em 1999-2000, no qual os entrevistados diziam com qual frequência iam às compras.
Depois, a equipe acompanhou a longevidade dos entrevistados por meio do registro nacional de óbitos, entre 1999 e 2008.
Segundo as conclusões da pesquisa, aqueles que faziam compras diariamente tinham chances 27% menores de morrer que aqueles que mantinham o hábito apenas uma vez por semana ou menos.
A equipe reconheceu que a capacidade de fazer compras já destaca os indivíduos com saúde mais forte logo de saída, mas apontou que as conclusões se mantiveram mesmo após o ajuste dos resultados por fatores como limitações físicas e declínio nas capacidades cognitivas.
Comentando a pesquisa, o especialista britânico David Oliver diz que a conclusão "faz sentido", já que sair às compras promove estímulos físicos e mentais, assim como interação social.

domingo, 16 de outubro de 2011

Chove, na minha vida.

Um Contrato com Deus - Will Eisner


Chove, na minha vida,
Ainda bem que chove, querida.
Pois se não mais chovesse,
talvez nenhuma flor mais florescesse.


JJ
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