terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Bacia de jabuticabas





Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.
Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.
Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena.
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Rubem Alves
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Na traseira do caminhão.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Como reconhecer um AVC?

Um neurologista disse, se ele consegue chegar rapidamente 

a  um individuo que sofreu um AVC, ele pode eliminar as

sequelas de um AVC. 


Ele disse, o truque é diagnosticar e tratar a pessoa durante 

as primeiras 3 horas. 

Como reconhecer um AVC?

Há 4 passos que devem ser seguidos para reconhecer um AVC. 



- peça à pessoa para rir (ela não vai conseguir).

 - Peça à pessoa para dizer uma frase simples (por 

exemplo: hoje está um dia bonito). 

- Peça à pessoa para levantar os dois braços (não vai 

conseguir faze-lo bem). 

- Peça à pessoa para mostrar a língua (se a língua 

estiver torta ou virar dum lado para o outro, é mais 

um sintoma). 




Se a pessoa tem alguns destes sintomas chamar imediatamente

o médico, descrever os sintomas ao telefone. 


Um cardiologista disse, se for possível divulgar estas dicas a um 

número elevado de pessoas, podemos ter a certeza, que 

alguma vida - eventualmente a nossa própria possa ser salva.


JJ 

O que você levará, quando morrer?

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Grande Espírito.



O Grande Espírito. Manitou.

Fonte Native Americans

A vida





A VIDA

A vida é o dia de hoje

A vida é um ai que mal soa

A vida é sombra que foge

A vida é nuvem que voa
A vida é um sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como a fumaça se esvai
A vida dura um momento
Mais leve que o pensamento
A vida leva o vento
A vida é folha que cai


MANUEL DIAS ( 1896 - 1987) em Portugal 

Perdoa ou...

FELIZ NATAL




Tenham todos um Feliz Natal, com seus familiares e amigos, com muita alegria, fraternidade, amor e paz.

JJ

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Publicitária morre, após trabalhar 3 dias sem parar.

Mita Diran era redatora na Y&R Indonesia
A redatora Mita Diran, da Y&R da Indonésia, morreu após cumprir uma jornada de três dias seguidos de trabalho. Segundo a imprensa local, Mita faleceu após combinar excesso de trabalho com abuso no consumo de Kratingdaeng, versão tailandesa de Red Bull.
De acordo com um print screen feito de uma conversa entre Yani Syahrial, pai de Mita, que é diretor executivo de criação de outra agência (não revelada), e um funcionário seu, Mita trabalhou além de seu limite. O funcionário, preocupado, repassou a mensagem com a ressalva: “Por favor, saibam os limites de seu corpo, não se esforce tanto”.
Fonte: Meio e Mensagem
COMENTÁRIO
Publicitários, entre outros profissionais (como os da Medicina) tem uma estranha compulsão pelo trabalho em horas extras, acima dos limites do corpo humano. Eu mesmo cheguei a trabalhar de 14 a 15 horas por dia, com muita adrenalina nas veias para cumprir prazos absurdos determinados por alguns clientes. Conheço dezenas de publicitários (e de empresários) viciados em trabalho, mesmo com o risco de morte súbita ou de envelhecimento precoce.
O exemplo triste da redatora da Y&R é um exemplo a não ser imitado, por ninguém. Não vale a pena arriscar tanto, por tão pouco. Amanhã, outro profissional estará na cadeira dela e ela acabou com a sua vida de forma tão desnecessária.
Pensem a respeito.
A vida não é só isso.
JJ

Só ter um objetivo não basta

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

50 tons de cinza.

Quatro companheiros mineirinhos costumavam ir pescar 

há vários anos juntos.Só que este ano, a mulher do Mané

nem deixô.

Ele ficou muito brabo, e ligou para os companheiros dizendo


que não poderia ir na pesca este ano. 

Dois dias depois, os companheiros chegaram na beira do rio. 

E quem lá estava, já com a pescaria toda arrumada?

Mané, em pessoa, UAI!!!!!!

Os companheiros de pesca logo perguntaram:


- Uai Mané, ocê disse qui num vinha, qui a patroa num 

tinha dexado...Que aconteceu?

Ele disse: 


- É simplissssssssssss...Onti, ela acabô di lê um tar 

di livro "50 tão de cinza" i aí me levô pru quarto, né? Lá, 

tinha umas argema e umas corda em cima da cama. 

Aí ela mandô eu argemá-la e marrá ela.

Aí ela falô dess jeito: agora faiz o cocê quiséééééé

Num pensei duas veiz: 

Peguei as traia e vazei. 

Vim pescá, uai!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

O vício de comer

O povo diz que os gordos são mentirosos e preguiçosos, andam pouco e comem mais do que confessam.
Essa visão preconceituosa está por trás do atraso da medicina no tratamento da obesidade. Quando alguém com excesso de peso procura ajuda médica, a única prescrição que leva para casa é a de reduzir o número de calorias ingeridas.
Existe recomendação mais fadada ao insucesso? É o mesmo que aconselhar o alcoólatra a beber com moderação. Quem consegue controlar a compulsão para comer ou beber não engorda nem fica bêbado.
A primeira descoberta relevante no campo da obesidade só aconteceu nos anos 1990, quando Coleman e Friedman relataram que certos ratos obesos eram insaciáveis porque apresentavam um defeito genético nas células do tecido adiposo, que as tornava deficientes na produção de leptina –hormônio ligado à inibição do apetite.
Foi a demonstração inequívoca de que havia fatores hormonais envolvidos na obesidade.
Logo ficou claro, entretanto, que essa visão hormonal era incompleta: 1) São raros os casos de deficiência de leptina. 2) Muitos obesos, ao contrário, produzem níveis mais altos de leptina, insulina e outros hormônios inibidores da fome, mas são pouco sensíveis a seus efeitos.
A visão atual compara a neurobiologia da obesidade à da compulsão por drogas, como cocaína ou heroína.
Quando a fome aperta, hormônios liberados pelo aparelho digestivo ativam os circuitos cerebrais de recompensa localizados no núcleo estriado. Essa área contém concentrações elevadas de endorfinas, mediadores ligados à sensação de prazer.
À medida que o estômago se distende e os alimentos progridem no trato digestivo, há liberação de hormônios que reduzem gradativamente o gosto que a refeição traz, tornando os alimentos menos atraentes. Os hormônios que estimulam ou diminuem o apetite agem por meio do ajuste fino dos prazeres à mesa.
Carboidratos e alimentos gordurosos subvertem essa ordem. São capazes de excitar sensorialmente o sistema de recompensa a ponto de deixá-lo mais resistente aos hormônios da saciedade. Esse mecanismo explica por que depois do terceiro prato de feijoada, já com o estômago prestes a explodir, encontramos espaço para a torta de chocolate.
À medida que o peso corpóreo aumenta, o organismo responde aumentando os níveis sanguíneos de leptina, insulina e outros supressores do apetite.
Como consequência, surge tolerância crescente às ações desses hormônios. Na obesidade, os circuitos de recompensa respondem mal à presença de alimentos no estômago, exigindo quantidades cada vez maiores para disparar a saciedade. Pessoas obesas precisam comer mais para experimentar a mesma sensação de plenitude acessível com quantidades menores às mais magras.
Como defende Paul Kenny, do Scripps Research Institute, da Flórida: “A obesidade não é causada por falta de força de vontade. Como nas drogas causadoras de dependência, a compulsão pela comida provoca um ‘feedback’ nos centros cerebrais de recompensa: quanto mais calorias você consome, mais fome sente e maior é a dificuldade para aplacá-la”.
Essa armadilha não lembra, de fato, a que aprisiona dependentes de nicotina, cocaína, álcool ou heroína? O efeito sanfona não é comparável às recaídas dos usuários dessas drogas? Faz sentido: a evolução não criaria um sistema de recompensa para cada forma de compulsão.
Durante milhões de anos, a sobrevivência de nossos ancestrais esteve ameaçada pela escassez de alimentos. Como ativar a saciedade era preocupação secundária, a seleção natural privilegiou aqueles dotados de circuitos cerebrais mais eficientes em estimular a fome do que em suprimi-la.
Os avanços da culinária, a fartura, a disponibilidade de alimentos industrializados ricos em gorduras e carboidratos, os sucos, refrigerantes, biscoitos e salgadinhos ao alcance das crianças, a cultura de passar horas à mesa e a vida sedentária criaram as condições ambientais para que a epidemia de obesidade se disseminasse.
Segundo o IBGE, há 52% de brasileiros com excesso de peso ou obesidade, número que nos Estados Unidos ultrapassou 70%. Em poucos anos chegaremos lá.

DRÁUSIO VARELA

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

sábado, 30 de novembro de 2013

Fundo do poço



Eike Batista nos avisa:


Essa história de que do chão 


não passa é balela.

Depois do fundo do poço ainda 

tem o pré-sal.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Responde?



Temos 200 milhões de habitantes, aproximadamente.
6% disso são 12 milhões de desempregados.
Pelos últimos números, o Governo do Brasil distribui
mais de 40 milhões de Bolsas-Família.
Nem os próprios números este desgoverno controla.

JJ