quinta-feira, 31 de março de 2011

Negócios.

Negócios fazem dinheiro.

As amizades, não.


Jane Austen
 . . .

A vida é curta.




A vida é curta, quebre as regras, perdoe rapidamente, beije suavemente, ame de verdade, ria sem controle, e nunca se arrependa de algo que lhe fez sorrir...

É preciso.



É preciso amor prá poder pulsar, 

é preciso paz prá poder seguir,

é preciso a chuva para florir! 



 Almir Sater

..,..

Sem saber

Para quem não sabe
onde quer chegar,
todos os caminhos
levam a lugar algum.


JJ


Quem não sabe para
onde vai...não sabe
quando lá chega.

Liberdade mesmo.




Temos todos a liberdade de pensar,
se de expressar, de opinar, de escolher,
de votar, de comprar e de consumir, o
que estiver sendo legalmente produzido.


Isso é liberdade, na democracia.


JJ

.....

Isso é liberdade democrática?



 A cidade de Nova York expandiu sua campanha contra a obesidade com uma proposta para proibir o uso de vale-refeição para a compra de bebidas com excesso de açúcar, provocando queixas da indústria de bebidas de que essa é mais uma tentativa do governo de dizer às pessoas como se comportar.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, e o governador do Estado, David Paterson, pediram ao governo dos Estados Unidos para proibir a compra de refrigerantes e sucos de fruta adoçados com tickets de refeição - comprovantes federais usados por 42 milhões de americanos de baixa renda para comprar comida. O veto teria duração de dois anos.
Cerca de 1,7 milhão de moradores da cidade de Nova York e 2,9 milhões em todo o Estado recebem o benefício. Os cupons já não podem ser usados para adquirir outros produtos considerados nocivos, como álcool e cigarro. O Departamento de Agricultura dos EUA, que administra o programa de vale-alimentação, disse em comunicado que vai "rever e analisar" a proposta de Nova York.
O prefeito e o governador atribuem às bebidas adoçadas o papel de maior contribuinte individual para a epidemia de obesidade. "Isso é tão simples. Não é como uma doença como o câncer, que não sabemos como curar. Basta parar de ingerir calorias extras", afirmou Bloomberg em entrevista coletiva.
"Não há nada errado com um consumo ocasional. Mas as crianças estão ingerindo uma enorme quantidade de bebidas repletas de açúcar, e deveriam aderir às dietéticas. Portanto, da próxima vez que uma dessas empresas fizer um apelo, desculpe-me. A vida dos nossos filhos é mais importante que qualquer outra coisa", disse Bloomberg.
O prefeito tem usado o poder do governo municipal para promover outras medidas sanitárias, incluindo uma campanha para reduzir o sal e proibir gorduras trans nos alimentos servidos em restaurantes, além de uma exigência para que as redes divulguem a quantidade de calorias de seus produtos.
Em 2003, a cidade de Nova York proibiu o cigarro em bares e restaurantes, gerando protesto de fumantes e não fumantes, que viam esse caso como uma intervenção do governo na vida privada das pessoas. Com o tempo, a lei se tornou amplamente aceita.
O governador Paterson também tem procurado combater a obesidade e levantar dinheiro com uma proposta de imposto sobre bebidas doces, mas o projeto teve oposição na Assembleia Legislativa do Estado, sob pressão de lobby da indústria de sucos e refrigerantes.
A Associação Americana de Bebidas criticou a proposta como "outra tentativa do governo de dizer aos nova-iorquinos o que devem comer e beber, e só terá um impacto injusto para aqueles que podem pagar menos".
Quase 40% das crianças que estudam em escolas públicas de Nova York estão obesas, enquanto as taxas totais de obesidade nos agregados familiares mais pobres giram em torno de 30%, em comparação com 17% nas famílias mais ricas, informaram a prefeitura e o governo em declaração conjunta.
As doenças relacionadas à obesidade custam ao Estado de Nova York cerca de US$ 8 bilhões (R$ 13,28 bilhões) por ano em atendimento médico, segundo o comunicado. 


E a nossa liberdade de escolher, de  comprar e de consumir o que desejarmos?




JJ

Como saber quando é a hora de parar de dirigir...

O primeiro passo

O primeiro passo para
conseguirmos o que
queremos na vida é
decidir o que queremos.

Ben Stein

.,.,.

terça-feira, 29 de março de 2011

Decepções




Grandes decepções são baseadas
em falsas expectativas.


Pensamento budista.



Geralmente...





.
...

Imagem é tudo.

É melhor se hospedar
no pior quarto do melhor
hotel da cidade, do que
se hospedar no melhor
quarto do pior hotel
da cidade.


Akio Morita
Fundador da Sony e
criador do Walkman.
. . . .


A impressão que você
causa é muito importante.

JJ

Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)

de Thiago de Mello
a Carlos Heitor Cony


Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas,
que os girassóis terão direito
a abrir-se dentro da sombra;
e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro,
abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo IV
Fica decretado que o homem
não precisará nunca mais
duvidar do homem.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento,
como o vento confia no ar,
como o ar confia no campo azul do céu.
Parágrafo único:
O homem, confiará no homem
como um menino confia em outro menino.
Artigo V
Fica decretado que os homens
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar
a couraça do silêncio
nem a armadura de palavras.
O homem se sentará à mesa
com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
antes da sobremesa.
Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos,
a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido
o reinado permanente da justiça e da claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
e saber que é a água
que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia
tenha no homem o sinal de seu suor.
Mas que sobretudo tenha
sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa,
qualquer hora da vida,
uso do traje branco.
Artigo XI
Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
e que por isso é belo,
muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado
nem proibido,
tudo será permitido,
inclusive brincar com os rinocerontes
e caminhar pelas tardes
com uma imensa begônia na lapela.
Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
amar sem amor.
Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro
não poderá nunca mais comprar
o sol das manhãs vindouras.
Expulso do grande baú do medo,
o dinheiro se transformará em uma espada fraternal
para defender o direito de cantar
e a festa do dia que chegou.
Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade,
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.

Santiago do Chile, abril de 1964

Qual é o lobo que você alimenta?







Uma noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre a batalha que acontece dentro das pessoas. 

Ele disse: - Meu filho, nossa batalha interna e eterna é entre dois lobos dentro de nós. Um deles é mau: é a raiva, a inveja, o ciúme, a tristeza, o desgosto, a cobiça, a arrogância, a pena de si mesmo, a culpa, a agressividade, o ressentimento, a inferioridade, as mentiras, o orgulho falso, a superioridade e o ego. 

O outro é bom: é a alegria, a paz, a esperança, a serenidade, a humildade, a bondade, a benevolência, a empatia, a generosidade, a verdade, a compaixão e a fé. 

O neto pensou naquilo por alguns minutos e perguntou ao seu avô: - Mas qual lobo vence? 

O velho Cherokee simplesmente respondeu: - Aquele que você alimenta.



Vale pensar a respeito, todos os dias.

JJ

Competência Moral. Quando a teremos no Brasil?


Durante um almoço antes de uma de minhas palestras, meu amigo Nelson Bastos conta que foi aos Estados Unidos nas férias. No programa, “assistir com meu filho a um jogo de basquete da NBA em Orlando, no Amway Arena, um espetacular ginásio de esportes”. Ainda no Brasil, Nelson comprou os ingressos pela internet e embarcou para Nova Iorque. No dia de ir para Orlando, uma nevasca impediu o vôo e eles perderam o jogo. Diante do inevitável, Nelson fez o que todos nós brasileiros fazemos: conformou-se.

Alguns dias depois, já de volta ao Brasil, ele recebe um email da Amway Arena dizendo que perceberam que ele não foi assistir ao jogo. E gostariam de saber a razão. Surpreso, Nelson relatou o acontecido. Mais surpreso ainda, recebeu uma resposta dizendo que o ingresso que ele havia comprado incluía um seguro para casos assim. E perguntando:

- O senhor gostaria de utilizar o seguro?

Nelson concordou e recebeu pelo correio um cheque de cerca de 120 dólares, cobrindo o prejuízo com o qual ele estava conformado.

Putz! Para nós que temos que sair no tapa para tirar o bicão da cadeira numerada que adquirimos nos principais estádios do Brasil pagando uma pequena fortuna; que temos que usar um banheiro imundo; que pagamos uma nota para um guardador de carros não riscar nosso automóvel; que corremos risco de vida a cada vez que vamos a um estádio, o relato do Nelson é peça de ficção. Científica.

Essa história tem muito a dizer com relação à competência técnica e profissional dos norte americanos. Alguém lá criou um programa capaz de perceber que o Nelson não apareceu para ver o jogo. Provavelmente o mesmo programa encontrou os dados dele no registro feito para a compra dos ingressos e disparou um email para averiguar a razão. E diante da explicação (que deve ter sido lida por uma pessoa de carne e osso), alguém não hesitou em oferecer o ressarcimento, mesmo sem o Nelson pedir. Aliás, ele desconhecia o lance do seguro... Não é fantástico?

Pois é. Mas sabe o que realmente me chamou a atenção? Não foi a competência técnica ou profissional. Foi o que eu chamo de “competência moral.”

Alguém tomou a decisão moral de ressarcir quem foi prejudicado, o que de certa forma é de se esperar. Mas a verdadeira profundidade da decisão moral foi: não vamos esperar que a pessoa reclame, vamos nos antecipar e avisar que ela tem direitos e perguntar se quer valer-se deles.

Você consegue imaginar uma situação assim aqui no Brasil?  Deixe de lado a questão estrutural, se temos ou não computadores e gente capaz para implementar um processo idêntico. Concentre-se na pergunta que realmente interessa: temos a competência moral para respeitosamente avisar a pessoa que ela tem um direito? Ou vamos optar pelo velho: “Deixa quieto. Ele nem vai perceber...”?

Pois é. Competência técnica e profissional tem jeito, o dinheiro pode comprar. Mas competência moral, ah, isso vem lá de um lugar que o dinheiro não alcança.
Por isso vai demorar um pouco pra gente chegar lá.

Luciano Pires

No Portal Café Brasil.


Quando teremos esta competência moral e ética no nosso Brasil?
É algo, infelizmente, cada vez mais raro, nesta terra onde levar vantagem é a lei.
JJ